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Quem é Ellah Barbosa? A jovem cabo-verdiana que fez parte da tournée Madame X da Madonna


De regresso às origens, a artista natural de Santa Cruz prepara-se para lançar o seu primeiro single a solo intitulado “Sina” na cidade da Praia. Em entrevista ao Balai, Éllàh Barbosa recorda a participação na tournée mundial de Madonna como uma experiência “surreal” mas ressalta que a Rainha do Pop é “uma artista muito rigorosa”.

Jossiela Barbosa Ramos, de nome artístico Éllàh Barbosa, tem 29 anos e é natural do concelho de Santa Cruz, terra natal de Orlando Pantera, Katchás, Nha Nácia Gomes e Elida Almeida.

Nasceu no seio de uma família de músicos e a sua veia artística despertou ainda em criança. “Como todo cabo-verdiano, convivi com boa música em casa. Cresci no seio de uma família de compositores, escritores, (…) como, por exemplo, o meu tio Kaká Barbosa, o meu pai que tocava violão, a minha mãe que foi ‘cantora’ na sua adolescência. A partir daí despertou a minha veia artística. Entretanto, só comecei a levar a música a sério aos 22 anos, altura em que estava a fazer uma formação superior em Ciências Políticas em Portugal”, conta.

Em terras lusas, a cantora e compositora trabalhou com o cabo-verdiano Dino D’Santiago e com o português Branko. “O Dino D’Santiago abriu-me as portas lá fora. Foi o elo principal”, diz gratificante.

Em 2019, antes da pandemia de convid-19, Éllàh Barbosa fez parte da tournée Madame X da Madonna.

“O convite surgiu através do Dino D’Santiago. Foi ele que me convidou a fazer parte do grupo de Batucadeiras porque a Madonna acabou por escolher o género musical batuco para integrar o seu novo álbum. Dino já me conhecia, uma vez que, já havia trabalhado com ele e sabia que conheço os ritmos de Cabo Verde e fui uma das escolhidas por causa disso”, conta.

Nunca havia passado pela mente de Éllàh algum dia participar de um tour da Rainha do Pop e diz que foi uma “bênção”. “Acredito que todos esses encontros que tive fora do país eram destinados. Encontrei Dino D’ Santiago primeiro, depois Madonna e recentemente Branko”.

De acordo com a artista, a tournée com a Madonna foi uma experiência “surreal”. “Foi incrível. Aprendi muito e conheci o mundo. Absorvi muito, principalmente, de disciplina. A Madonna é uma artista muito rigorosa. Trabalhávamos quase 16 horas por dia. Vi que os artistas estrangeiros de renome são muito perfeccionistas, algo que adquiriram através do trabalho duro. Gastam muitas horas a praticar a mesma coisa, então acaba por ficar tão natural. Em Cabo Verde, os artistas ensaiam pouco antes dos shows”, diz e revela que pretende implementar esse aprendizado na sua carreira. “Ainda não tenho uma equipa montada, mas sonho em ter uma equipa com a máxima disciplina”. (risos)

Questionada sobre quais foram os momentos mais marcantes da sua vida, Éllàh nomeia dois: o primeiro show com Dino D’Santiago no festival ID-Nolimits, em Portugal. “Foi, sem dúvida, o meu primeiro palco dessa dimensão porque até então tinha pisado apenas palcos na cidade da Praia”. E depois a tournée com Madonna. “Dino D’Santiago fez-me conhecer Portugal e a Madonna o mundo”.

Éllàh Barbosa define-se como uma artista eclética e já colaborou com vários artistas. “Sou uma mistura de Cabo Verde e do mundo, digamos assim. Devemos ser tudo o que absorvemos artisticamente, tudo o que é experiência na nossa área deve ter impacto no nosso sere”.

Há quase quatro meses a residir em Cabo Verde, depois de um longo período fora do país, a artista está a preparar para lançar nesta quinta-feira, 14, o seu primeiro single a solo “Sina” no Palácio da Cultura Ildo Lobo, na cidade da Praia.

“No show o público vai conhecer a Éllàh artista e compositora, porque conheciam a que era intérprete e cantava covers”.

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