Num dia como o de hoje, em 1999, em Cabo Verde, um acidente aéreo envolvendo um “dornier” militar da Guarda Costeira D4-CBC, ficaria para a história do país como a maior tragédia aérea do arquipélago, vitimando 18 passageiros na Ribeira Grande, Santo Antão.
O avião Dornier das Forças Armadas efectuava o voo 502 da TACV quando ocorreu a tragédia, sendo que tinha levantado o voo do aeroporto de São Vicente com 16 passageiros e dois tripulantes a bordo com destino ao aeródromo de Ponta do Sol, que desde essa altura foi encerrado ao tráfego, por razões de segurança.
A fraca visibilidade, segundo fontes autorizadas na matéria, foi apontada como a causa desta tragédia, alegando que impedirá a aterragem e que o último contacto entre o comandante Borges e a Torre de Controle em São Vicente foi registado às 11:56, dando conta que iria regressar à ilha do Porto Grande por dificuldades de aterragem.
Só que, cita o artigo do Jornal Horizonte, às 12:05,populares da zona de Pedra Rachada deram conta do embate do aparelho na Cinta do Monte (José d’Aninha numa altitude de 1370 metros).
Já Américo Antunes, que foi enviado ao terreno, exclusivo para dar cobertura ao acontecimento revelava, na sua reportagem, que “os relatos dos populares que primeiro chegaram ao local, dão conta de chamas no aparelho, corpos a arder, outros mutilados, destroços do avião espalhados por um raio de 200/300 metros, sapatos de crianças e de adultos…”.
Nesse periódico, o jornalista Homero Fonseca, de Santo Antão, reportava que o acontecimento, que vitimou a maioria das pessoas da Ilha das Montanhas, tinha sido recebido pelos populares como sendo “Uma desgraça, uma tragédia”, e que a notícia “propagou-se como um rastilho de pólvora” e com muita apreensão, sobretudo junto dos familiares.
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