De Pai Nosso nos Picos a tendências na Europa com “Ave Maria”, Trakinuz supera e leva tradições cabo-verdianas ao topo dos charts

Depois de levar cerca de três mil pessoas a rezar o Pai Nosso num festival, o rapper cabo-verdiano supera-se mais uma vez e entra nas tendências musicais da Europa com “Ave Maria”, levando as tradições cabo-verdianas ao topo das paradas de sucesso.

“Ave Maria”, que é o sétimo single do álbum “Passajeru (Parte ii), chegou às plataformas digitais no passado dia 24, conquistando de imediato a atenção do público com mais de 200 mil visualizações só no YouTube, entrando nas tendências musicais de países como Portugal e Luxemburgo, atingindo o Top 5 das mais ouvidas naquela plataforma de streaming.

Noutras plataformas de streaming como a Apple Music Cabo Verde, o rapper tem vindo a ganhar cada vez mais escala, ocupando atualmente a posição 37 entre os 100 mais ouvidos do arquipélago.

Marketeiro nato, o jovem que foi um dos pioneiros nas estratégias de marketing de impacto, utilizado por exemplo no lançamento do hit “Nha Titiu”, replicado por outros nomes da música, leva agora as tradições cabo-verdianas ao topo das tabelas, com o seu mais recente hit intitulado “Ave Maria”, uma música que traz traição, festas, dezembro, gravidez indesejada, misturada com um ritmo afrobeat e com uma mensagem fortíssima por trás, que retrata a sociedade atual.

Natural de São Salvador do Mundo (Picos), o singular Jailson Correia, conhecido pelo nome artístico Trakinuz, é um dos principais nomes da música moderna cabo-verdiana, que mistura diferentes ritmos, destacando-se pela inovação, criatividade e bom senso, comercializando a sua arte de forma orgânica e enriquecedora, sem recorrer a exageros e polémicas desnecessárias.

Com sabedoria e talento artístico, o jovem surpreende a cada atuação, como levar para o palco a essência da música e todo o processo criativo por detrás de cada videoclipe. Como exemplo, temos o momento em que o rapper levou um burro ao palco do Festival da Gamboa, surpreendendo todo o público. O último feito do artista foi pôr cerca de três mil pessoas a rezar o Pai Nosso antes do concerto num festival em Picos.