De Denis Graça a Mayra Andrade, veja os artistas que renunciaram os cvma

As polémicas que assombram os CVMA,não é de hoje, confira outros nomes que renunciaram à premiação, e disseram não à gala.

As portas da XI edição dos Cabo Verde Music Awards, as fantasmas de um passado recente volta a assombrar a premiação oficial da música cabo-verdiana, o evento que já vai na sua

11ª edição, tem enfrentado desde a sua criação muitas polémicas envolvendo denúncias e acusações por parte dos artistas. E desta feita, as acusações parte do artista Sos Mucci que renunciou em menos de 24 horas toda as pré-indicações ao prêmio, lembrando que a lista dos pré-nomeados foram divulgados na quarta-feira,6, e na quinta-feira,7, confirmou-se as especulações das renúncias que surgiram instantes depois da divulgações dos nomes.

E é nesta senda de renúncias, que a Booh Magazine, resolveu ir ao passado e trazer ao presente alguns dos artistas que também já renunciaram a premiação em outras ocasiões, e começamos com ninguém mais ninguém menos do que a embaixadora da música cabo-verdiana, Mayra Andrade, que lá em 2011 daria início uma das maiores crises da premiação ao ser a primeira artista a renunciar os CVMA, o ano era 2012, Andrade comunicava ao Presidente dos Jurados (Na altura Giordano Custódio) que não estava interessada em fazer parte dos nomeados do corrente ano e nem de outras futuras galas, desencadeando uma das maiores polémicas do ano, levando Gilyto Semedo na altura presidente da premiação a fazer as seguintes declarações: “ Mayra Andrade foi nomeada para 5 Categorias na primeira edição(2011). Melhor Batuku/Kola Sanjon, Melhor Morna/Coladeira, Melhor Música do Ano, Melhor Voz Feminina e Melhor Álbum Acústico. Ao lado da Lura, Sara Tavares, Maria de Barros, Cordas do Sol, entre outros artistas. A mesma viajou para Cabo Verde e esteve presente nessa primeira edição dos CVMA. Já em 2012 após ter sido novamente nomeada a mesma comunicou ao Presidente dos Jurados(Na altura era o Giordano Custódio) que não estava interessada em fazer parte dos nomeados 2012 e nem futuros tendo em conta que no ano anterior outros artistas levaram o troféu.”, tendo a Mayra por seu turno negado as tais explanações do Semedo, afirmando o seguinte: “ “Esta é uma decisão que tomei muito cedo por não entender como os CVMA funciona e trabalha.”, ao ser procurado pela nossa equipa.

E anos mais tarde, no dia 2 de abril de 2019, Denis Graça renuncia as indicações para a categoria “Melhor Kizomba”, Graça, na altura através da sua conta do facebook, negou ser cantor do ritmo kizomba e falou em “claros sinais de conveniência” vindos da organização. Mergulhando a premiação na sua maior crise desde a sua fundação.

“Nós não fazemos kizomba”, escreveu Denis Graça numa carta publicada na referida rede social, na qual o artista negou ser cantor daquele género musical originário de Angola e se assumiu como o “senhor Cabo Zouk” que ostenta as suas origens cabo-verdianas.

Além de discordar da sua nomeação, com a música “Tudo pa bo”, ao lado de “Pertan” de Josslyn e de “A fila anda”, cantada por Djodje e Jimmy P, Denis Graça mencionou “claros sinais de conveniência” vindos da parte da organização.

Na sua publicação afirmou: “os que se penduram em galhos, foram saltando de galho em galho, mudando de corpo e indumentária e em sequências de convites, amiguismos e outros interesses, tendo, supostamente, formado um grupo ‘todo o terreno’, para, a seu bel-prazer, atribuir galardões, a maior parte das vezes sem mérito, e com claros sinais de conveniência”.

Prosseguindo, questionou se é mérito ou conveniência nomear, em várias categorias, “alguém que somente tem uma obra”, face a um “mar de artistas que tanto trabalharam para honrar o país”, bem como também “nomear alguém por contiguidade familiar e outras aproximações” e “laços sentimentais”, escreveu o cantor entre outras coisas.

E para além de Denis e da Mayra, outros nomes também já se levantaram contra a premiação, como é caso de Djodje e dupla TL Dreamz (Loony Johnson e Tó Semedo).